Perigosamente

Paixão desenfreada,
Esta que põe em
Risco nossas vidas!
Imaginação que nos faz sentir o
Gosto do prazer!!!
Ora acordados, ora dormindo,
Somos vítimas desse
Afã, que nos joga um contra o outro!!
Meros mortais,
Efêmeros o bastante para que
Não nos saciemos desse prazer!!!
Temo morrer antes de saborear-te,
Então imagino-te neste exato momento!

Entrelaçamento

Estas pernas em volta das minhas...
Nuca arrepiada com sua pesada respiração!!
Temo nunca mais querer largá-la!!!!
Roço minha mão por debaixo de sua roupa
E encontro sua flor mais sedutora!
Lentamente toco em suas pétalas
Assim, deixo-a passiva, desfalecida,
Com meu beijo em seu pescoço, e uma lambida!
Acima das nuvens deixo-a com minha invasão,
Mas é apenas o começo, nessa união:
Estas pernas se soltam das minhas...
Nuca ainda arrepiada, porém...
Toco-a onde jamais imaginaria,
Ouço dizer-me que não me largará também...

Infinito

Dentre as estrelas de meu ceu...
Dentre as aguas de meu mar...
Encontro o infinito...
Um instante magico...
Que eu possa tocar

Ao tocar o infinito
Ele me toca de volta.
Um toque frio,
Mas ao mesmo tempo, morno, aconchegante...
E fico ali, sem saber como agir...
O que fazer?
O que dizer?
Pra que dizer?
Fico apenas a sentir...
O infinito que encontro entre as estrelas e o mar...


Estou ficando com a mania de terminar as coisas dos outros... Mais um da Mary comigo...

Dentro de meus olhos

Se olhasse por apenas um segundo dentro de meus olhos...
Veria os seus refletidos como nunca vira antes...
E teria que achar forças em seu interior
Para esquecê-los e poder dormir em paz...
Mesmo assim não haveria sono,
Perderia-se em devaneios,
Pois sua alma te perturbaria,
Necessitaria desvendar a magia...
A magia que te prende,
Te consome,
Te envolve,
Te enlouquece,
E ao mesmo tempo...
Se olhasse por apenas um segundo dentro de meus olhos...
Poderias entender,
O que palavras não descrevem,
O que o medo apavora,
Mas mesmo assim,
Pode ser chamado de infinito...
Infinito, o vazio entre duas palavras,
No espaço entre estes olhos,
Entre coisas tristes e piadas
Entre atos honrosos ou odiosos...
Se...
Se olhasse...
Ah...
Apenas um segundo...
A imensidão do oceano,
Se tornaria um suspiro,
E o instante de um sonho
Apenas o ar que respiro...
Dentro de meus olhos....
Teus olhos...
Tão meus olhos...
Nossos olhos...
Unidos pelo espaço entre eles...
Distância longa, porém tão curta.
Logo abaixo, respiração...
Ofegante, porém pausada...
Tempo que para...
Mas momento que se torna eterno,
Assim como meu amor por você...


Escrito a duas mãos... obrigado, Mary, por colocar palavras em minha boca... (mesmo quando peço para não fazê-lo, hahaha)

Ciclos

Palavras escondidas no labirinto
De nossas almas, esperando
Apenas pela saída num sombrio
Jardim de rosas espetando.

Apesar de ter aroma
Sua beleza assombra,
Ao vê-la entro em coma,
E ao resto se soma...

Tomo meu martini e engulo seco...
Notas tristes de um sax ao fundo...
Minh'alma está agora num beco
Dando passos de moribundo...

Alma e mente caminham juntas
Como irmãs unidas e maduras...
Descobrem não existir alegria pura
E aproveitam o quanto cada uma dura.

O Blues vira Jazz e poem-se a dançar!
Dão-se as mãos e começam a saltar...
De um lado para outro não sabem onde parar,
Assim é a vida, sozinho ou a dois caminhar!!

Sem perceber volta-se ao labirinto
E novamente se encontra perdido,
Procura pela saída, mas só vê espinho,
Mas lembra-se ainda do Jazz vespertino...