domingo, 30 de setembro de 2007

Mensagem a alguém

S omos fruto daquilo que
E scolhemos a cada momento
N essa vida
T errena.
I magens guardadas nas
M entes das pessoas a quem tocamos.
E speranças que povoam
N ossos corações, porém
T ento não tê-las, pois
O bscurecem nossa visão real, fazendo-nos
S ofrer por antecipação.

E stou, então, apenas...

R elembrando fatos...
A contecimentos... as
Z ebras que essa vida me mostrou...
A cabo por me pegar vendo
O futuro que poderá ser

S e me aceitar!
E spero que entenda tudo!!

J á disse tudo que devia
U nicamente para te deixar a par...
N ovamente digo para não
T eimar em algo que lhe corroa por dentro...
A tente aos sinais ao redor,
M ostre-se racional por um instante....

sábado, 29 de setembro de 2007

Beijos Molhados

B oca insaciável
E m seu corpo.
I ncertos movimentos
J á esperados.
O sculos por toda parte,
S ente-se, o corpo, à vontade.

M isturam-se os corpos,
O bscurecendo as mentes.
L ínguas passeando por
H oras a fio pela pele
A rdente e suada
D esejando cada vez mais.
O bsessão já virou por
S eus beijos molhados.

Ouvindo Músicas

O caso com uma companhia.
U vas e morangos,
V ãs confissões de amor,
I ndiferentes ao mundo...
N us
D ançando ao som de uma
O rquestra na vitrola.

M ãos trêmulas...
U nidas...
S uadas...
I nconscientemente descendo...
C orados de paixão,
A tormentados por um desejo, levados pelo
S om de orquestra na vitrola...

Uma explicação...

Uma aparição!
Surge às sombras do bosque, no dia em que ele está a se perder nas lembranças...
Surge leve e ao mesmo tempo pesada...
"Quem está aí?" Pergunta o poeta.
A resposta é vaga: "Apenas a sua mente... lhe pregando peças..."
O pobre bardo fica desnorteado.
Não sabe o que fazer, para onde correr!
Sua mente? Pregando-lhe peças?
"Não pode ser!" Ele retruca. "Por que faz-me brincadeiras? Tão indiscretas?"

"Preciso de direções, e não chavões
Como este tão baratos!!!
Quero cantar retratos!! Não atos tão caricatos!!
Não quero minha mente, quero inspiração!!"

A mente, então, desaparece, como uma chuva de verão
Que se dissipa repentinamente.
O poeta, sua presença já não sente.
Limpa de pensamentos, a sua imaginação aflora
E consegue escrever agora!

Talvez seus textos reapareçam...
Mas, meus amigos, não se esqueçam...
Não é porque parou de escrever, que ele morreu
O poeta nesse momento, apenas adormeceu!!

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

delírio

Asas coloridas de borboletas de prata...
Pedras de isopor, pesadas como chumbo...
Olhos furta-cor... que não piscam...
Tampouco se fecham...
Agora chove... uma chuva de bolachas Maria...
Com um sol escaldante... ele bebe um refri...
Sei lá...
O mundo é esquisito...

sábado, 15 de setembro de 2007

Trova Para Alguém

deusa, musa, moça, mulher
onde está? Diga se quiser...
Irei em sonho se eu souber...

Beijá-la irei, bem carinhoso
Sentir de perto, o calor gostoso...
Apenas contemplá-la me satifaz...
Pois você me restaura a paz!

Anjo sem asas

Olhei para o céu e perguntei à Lua
Se existe alguém, de fato, feliz
Ela disse: "mas... por que tanta amargura?
arranca esse mal pela raiz!"

"Não existe felicidade plena
em nenhuma criatura terrena
o que se pode é estar confortável
perto de alguém amável..."

A Lua continuou falando
mas não prestava mais atenção
esse momento foi quando
meu juizo se foi e ficou o coração!

Ao ver um enviado do paraíso
descer até o chão e vir até mim
dizendo: "Tu tens um compromisso!
E deve cumpri-lo pois Ele diz assim!"
Nessa Terra há um anjo caído
E deve cuidá-lo para que não tenha um triste fim!"

Enquanto falava, mostrava
atrás dele um anjo sem asa...
Estava cabisbaixa, encabulada,
Pois estava longe de sua morada.

E assim segui meu propósito
de cuidar desse anjo
E, um dia, eu aposto!
Ele virará meu Arcanjo!

domingo, 9 de setembro de 2007

Conversa na Janela entre o Moço e Gabriela

"Porque choras, moça Gabriela?
Porque estás triste?
Quando assim, olhe pela janela
E diga-me o que vistes?

Mares distantes, ondas sublimes,
Céu azul, nuvens de algodão,
Pássaros contra o vento, voando firmes.
Firmes como deve ser nosso coração."

"Olhei pela janela e vi um moço lindo que passava...
Chegou até mim e enxugou minhas lágrimas com um beijo..."

"Não chores moça Gabriela!"
Disse o homem na janela:
"Não vês que o mundo é belo?
Que sem você seria um mero
Acidente da natureza
E não haveria certeza,
Apenas tristeza?
Não chores, moça Gabriela."

A moça Gabriela respondeu:
"Nem sempre o mundo é belo moço...
Às vezes é cheio de incertezas e dores.
Dores que rasgam nossa alma...
Dores que às vezes achamos não suportar."

Ao que o rapaz retrucou:

"A alma é frágil e sente dor,
Mas a dor não a rasga facilmente:
Ela rejuvenesce docemente,
Basta uma pequena dose de amor.

Se ama, ela restaura
em toda a grandeza a sua aura.
Mas deve-se cuidar
Para o amor, obsessão não virar."

Gabriela parou de chorar.
E com o moço começou a conversar:
"Moço, o amor não virou obsessão, ainda é uma fantasia...

Uma fantasia mágica!! Fantasia essa que me transporta para onde quero ir...
Algo irreal, e não tão real como tu."

Então o jovem gargalhou,
parou por um segundo e falou:

"Irreal, você diz?
Uma fantasia que te transporta
Onde a moça deseja ir?

Se ela te transporta até lá
Então, irreal não é, basta sonhá-la.
Se sentires onde quer estar,
Verdadeiro o sonho irá se tornar!"

Gabriela sem graça com a gargalhada do moço respondeu:
"Talvez não seja irreal!
Talvez sonho seja.
E dizem que os sonhos, reais podem se tornar.

Mas moço... e quando o sonho é proibido de sonhar?"
Perguntou-lhe uma Gabriela cabisbaixa.

"Quando proibido de sonhar?"
O rapaz pôs-se a pensar...
Não esperava por essa questão,
Mas não podia deixá-la em vão:

"Um sonho proibido é belo,
É apenas um pensamento distante.
Não deve ser levado a sério,
Mas não pense que é irrelevante.

Um paradoxo belo e triste
Mas que a alma causá-lo insiste
Esta alma que é frágil, dolorida,
e que, por ser mimada, sente-se sofrida.

Basta aceitá-lo apenas, o sonho,
Que ele se torna um sonho bom!
Ignore o rasgo na alma, é bobo!
Até dê um colorido, um tom,
Pois assim ele não será proibido,
Mas pense nisso, que é sabido:
Cuidado para não se deixar levar
Pelas idéias do sonho agora lindo
Para em seus ardis não se enredar
Pois o que era quente passa a frio
E dificilmente irá se recuperar...
Mas isso, há de se contornar..."

Agora foi Gabriela que se pôs a pensar...
"Não é que o moço tinha razão?
O rasgo na alma não era real!
Um colorido ia botar,
E pela alma começar!
'Nada de pensamentos tristes!' "
Gabriela sorriu e começou a pensar.
"A partir de agora seria uma moça diferente,
Nada de amores irreais,
Iria colorir sua alma com amores reais."
A moça triste da janela não existia mais,
Agora uma moça sorridente
olhava para o moço, que tão sabiamente a animara.
Gabriela tascou um beijo em seu rosto, inocentemente
E o rapaz ficou feliz em vê-la contente!

O jovem enrubesceu
E por um minuto emudeceu...
Não esperava tamanha gratidão,
Pois era um desconhecido até então!
Após o minuto passado, soltou uma interrogação
Que a deixou perplexa e com uma exclamação:

"Tu és, com a luz do sol, tão bela
Porque estás atrás da janela?
Venha caminhar comigo à praia, pois
Vale mais que um monólogo uma conversa a dois!"

Os novos amigos se puseram a caminhar
Cada qual se pôs a sonhar...
O que aconteceu com os dois depois
Apenas quem sabe é o mar...


Poema construído em conjunto: agradeço a uma inspiração de cabelos prateados, por ter me ajudado a escrever tal texto (algumas partes são dela ^_^)...
Há tempos vinha tentando escrever algo que significasse algo...

Muitíssimo obrigado, musa de cabelos prateados...!!

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

pequeno texto...

O pôr-do-sol no porto
fez o ébrio sóbrio,
que foi pelo leito do rio
ter com seu filho torto
que entende pouco de tudo
e é, de mente, rotundo.

sábado, 1 de setembro de 2007

poema de amor

Escrevi hoje durante aula chata... pelo menos foi produtivo


Um anjo, na minha frente,
caiu do céu estrelado
com um jeito todo diferente,
E meu juizo me foi tomado.

Como pode, meu anjo lindo,
Aparecer tão de repente,
Olhar para mim sorrindo
E plantar em meu peito semente?

Meu coração antes ermo e rasgado
Agora floresce de amores,
Esquece todo aquele passado
Que era só dores.
Apenas quem já se sentiu amado
Conhece tais cores
Que pinta uma aquarela, um quadro:
Você, anjo, entre flores.