sábado, 29 de setembro de 2007

Uma explicação...

Uma aparição!
Surge às sombras do bosque, no dia em que ele está a se perder nas lembranças...
Surge leve e ao mesmo tempo pesada...
"Quem está aí?" Pergunta o poeta.
A resposta é vaga: "Apenas a sua mente... lhe pregando peças..."
O pobre bardo fica desnorteado.
Não sabe o que fazer, para onde correr!
Sua mente? Pregando-lhe peças?
"Não pode ser!" Ele retruca. "Por que faz-me brincadeiras? Tão indiscretas?"

"Preciso de direções, e não chavões
Como este tão baratos!!!
Quero cantar retratos!! Não atos tão caricatos!!
Não quero minha mente, quero inspiração!!"

A mente, então, desaparece, como uma chuva de verão
Que se dissipa repentinamente.
O poeta, sua presença já não sente.
Limpa de pensamentos, a sua imaginação aflora
E consegue escrever agora!

Talvez seus textos reapareçam...
Mas, meus amigos, não se esqueçam...
Não é porque parou de escrever, que ele morreu
O poeta nesse momento, apenas adormeceu!!

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