domingo, 31 de dezembro de 2006

Feliz Ano Novo!!

Mais um ano passou... é... passou rápido!! Podemos parar e examinar o que aconteceu nesses últimos 365 dias, mas eu prefiro não pensar nisso... o que devemos fazer é olhar os próximos dias... e apenas visualizar o que queremos que esteja reservado para nós dentrtro de cada um deles... É assim que um ano feliz é feito: de esperanças...


Um Feliz 2007 a todos...

sábado, 30 de dezembro de 2006

Retrospectiva...

Talvez não dê para entender... mas essa é a minha história...

V me fez chorar pela primeira vez
C não foi nada...
D era igual
A só achou legal...
G achava que eu misturei... (mentira...)
C não deu certo por eu ser bobo... (hauhauhauhauha)
V era pedante
F não deu por eu ser lento...
C idem
D foi só platônico
S idem
H foi uma flecha errada...
R não deu por eu voltar a ser lento
L idem
L foi uma descoberta tardia...
A eu demorei demais... (isso é um problema sério!!)
J idem, mas com melhorias...
P que seja bom....


é isso...

terça-feira, 26 de dezembro de 2006

Saudades...

O vento sopra as incertezas para longe, enquanto a chuva lava a alma do apaixonado que espera o retorno de sua amada. Pingos grossos de chuva lavam o seu rosto e disfarçam lágrimas de saudade...
Por onde ela anda? Será que pensa nele? Será que chora de saudade? Será que a chuva que cai são as lágrimas dela?
Ah, tempo!!! Passe depressa, porque o coração desse apaixonado adoece de esperar: aperta-se, treme, grita! Volta, amada... pois sua presença é como o suave remédio pra essa dor... pq suas palavras são mel em minha boca, e seu beijo é ardencia em miha alma...

Contribuição enviada por uma de minhas inspirações... ^_^ Obrigado, Thaís!! Eu estava sem palavras...

sábado, 23 de dezembro de 2006

"Então, é Natal..."

Aiai... o Natal!!!
Época de festas, de alegria, de comemoração!!
De se estar com as pessoas queridas...

Época de agradecer pelos acontecimentos do ano... (e que ano!!!)
Agradeço por todas as coisas que me aconteceram, boas e ruins!! Pois elas sempre trouxeram novas oportunidades... novos acontecimentos...
Aiai... a vida é uma bola de neve... vocÊ junta um pouco, faz um montinho na mão... consegue controlá-la... mas no momento que você perde o controle e derruba num declive... ela aumenta de tamanho... e de velocidade... e não há nada que você possa fazer para detê-la...
Pelo menos ela serve de base para um enorme boneco de neve... ^_^

quinta-feira, 21 de dezembro de 2006

A maldição!!!!!!

Tá certo... como tenho uma amiga que anda preguiçosa pra blogar, vou amaldiçoá-la!!!
Thaís, você foi amaldiçoada!!!

Pensamentos de um bardo

A Maldição da Entrevista!!! Meu irmão me amaldiçoou... então vou me livrar dela logo...
A banda escolhida não é uma banda, mas sim uma trilha sonora de um anime: Cowboy Bebop!!!

1. Você é homem ou mulher?
. "Why can't you, please understand /What kind of man I've got to be"

2. Descreva-se:
. Fools on parade

3. O que as pessoas acham de você?
. I know by your smile it's you.

4. Como descreveria seu último relacionamento amoroso?
. Just leave me drinkin', in this bar tonight

5. Descreva sua atual relação com sua namorada(o) ou pretendente:
. Met a lil darlin' with the face of a star

6. Onde queria estar agora?
. The river to the Singing Sea

7. O que pensa a respeito do amor?
. I got a rainbow / In my hands...

8. Como é sua vida?
. You know the funny thing about it / I couldn't answer

9. O que pediria se pudesse ter apenas um desejo?
. Oh, it would be so nice to have some coffee together.

10. Escreva uma frase sábia:
. Let's jam

11. Agora se despeça:
. Goodbye, So long, Adieu.



Ok!!! é isso!!

por enquanto... não amaldiçoarei ninguém... ^_^

quarta-feira, 13 de dezembro de 2006

Rio 40 Graus

Notas sobre a viagem

Doze horas depois de sair de Rio Claro, chegamos, eu e meus colegas, ao Rio de Janeiro. Fiquei, a princípio, chocado com a cidade: difícil não notar prédios caos de escritórios construídos lado-a-lado com favelas, casas de pau-a-pique e papelão...
Chegamos no final da tarde, instalam-nos em um hotel no aterro do Flamengo, este hotel era usado por Getúlio Vargas quando no Rio. Bem velho e com seus problemas estruturais sendo reparados de tempos em tempos... mas ainda possui o seu charme.
Estes dois dias foram nublados, o que não favoreceu a ida à praia. Tanto melhor: outras coisas puderam ser apreciadas, ou nem tanto, devido à correria do grupo; regra 1: nunca vá ao Rio por dois dias a trabalho esperando ver alguma coisa.
Descobri uma cantina portuguesa perto do hotel que serve os mais divinos bolinhos de bacalhau que já comi na vida!!! Acompanhado de um vinho delicioso!! Foi assim que fomos recebidos na Cidade Maravilhosa.
Fomos, então, a uma lanchonete/restaurante para jantarmos. Quando chegamos, começaram, devido ao horário, a aparecer algumas garotas de programa. Algumas crienças, inclusive!! A partir daí eu comecei a ficar mal, não estou acostumado a ver cenas como essa, tão a público!! Famílias, com crianças, passavam do lado, já acostumadas com a presença delas como cenáio comum da vida na cidade!!
Um outro lado do Rio: não é porque é noite que a cidade se torna violenta, ela é violenta a qualquer momento: seja fisicamente, com assaltos, roubos e tiroteios; como psicologicamente: a poluição visual da cidade é imensa!! por onde se olha, vê-se carros, sinais, prédios, favelas, casas, montanhas, mais prédios, mendigos, vendedores ambulantes, turistas.
Regra 2: ao ir para o Rio, não se preocupe com o visual da cidade, sempre guarde a imagem do morro da Urca e seu teleférico.
Vimos o Cristo, mas não fomos até ele... longe demais para irmos... tempo curto... mas muito bonito! Acho que sua posição mostra o porquê da cidade possuir tantos contrastes que se esbarram pelas diferenças: Ele está muito longe dali...
Outra coisa marcante é o trânsito: motoristas mal-educados por todos os lados, táxis que embicam na frente de transporte urbano, buzinas!! Mas uma engenharia de tráfego que é, ou de gênio, ou de louco! Túneis escavados em rocha pura, viadutos por cima de viadutos por cima de viadutos por cima de túneis... Trens, metrô...
Uma coisa da qual não se pode reclamar é que você chega facilmente aos lugares que interessam.
Bom... é isso: comer bem, visitar lugares bonitos, e esquecer o limite de gastos para tais coisas... regras para se visitar o Rio de Janeiro. Mesmo que ela seja uma cidade sentada em um barril de pólvora, pronta pra explodir a qualquer instante.

sábado, 2 de dezembro de 2006

Necessidade

Delícia

Aiai... Por que você fez isso? Por que me convidou? Fiquei com vontade... pena que a distância é longa...
Aiai...
Estou triste...

Estou triste porque não posso passar o tempo com você, porque não posso comer com você... nem beber do néctar sagrado que me ofereceu...
Estou chateado...

Estou chateado porque percebi o tédio e o vazio de minha vida que foi criado com a ausência de algo tão maravilhoso, de uma beleza ímpar, amarela, disforme...
Estou entediado...

Estou entediado porque eu estou pensando em o que pode ser usado como substituto... não acho nada... pena...

Vou sair e comer um...
Não é a mesma coisa...
Mas, por ora, é o suficiente...

domingo, 19 de novembro de 2006

Momento astronômico

É uma pena... não deu pra ver a chuva de meteoros lá fora... a maior dos últimos e dos próximos 33 anos...
Resta para mim apenas a imaginação, não muito difícil...
Como criar sua chuva de meteoros:
1- Imagine o céu de um azul tão profundo que quase seja negro. Difícil? Pense no dia mais triste da sua vida.
2- Salpique este fundo com pontos brilhantes multicor... Como os vários pequenos toques de alegria e sabedoria que você ouviu ou adquiriu de qualquer fonte: amigos, livros de auto-ajuda, pais, familiares... Tornando o clima mais alegre e iluminado.
3- Não há a necessidade, porém ainda que indispensável para os apaixonados, de colocar uma Lua... em qualquer fase...
4- Pense nas possibilidades futuras e mentalize como se elas estivessem se aproximando da terra para alegrar o seu coração... ponha cores, possivelmente brancas como a paz que você sente ao visualizar as chances...

Pronto!!! Você criou sua própria chuva de meteoros!!!


^_^ Foi legal...

terça-feira, 14 de novembro de 2006

Pensamento solto...

Continuo procurando por algo... mas agora já não sei mais o quê.
Espero encontrar... e saber que era aquilo que eu procurava...
Às vezes seria bom se realmente tivéssemos a solidificação daquelas duas criaturinhas que ficam no ombro falando com você, porque assim a gente sentiria o chute na bunda que elas dariam ao dizer: "Acorda, idiota!!"

quarta-feira, 18 de outubro de 2006

O que fazemos depois de comer....

Escrevi esse poema num desses papéis engraçados que os restaurantes põem nas mesas, nos quais vc pode escrever com palito de dente...

Daí rasguei o pedaço pra não esquecer:

Um novo sonho nasce,
Um desejo que cresce,
Uma pessoa que te abrace:
Alguém que merece.

Um beijo que enlaça,
Um corpo que aquece.
Como, de vinho, uma taça
E então a tristeza perece...

domingo, 15 de outubro de 2006

Vazio criativo...

Ok, faz já um tempo que não escrevo nada... houve um vazio criativo na minha mente que me impediu de escrever, não que eu não quisesse escrever, mas porque colocar algo aqui que eu lesse e pensasse: "porque diabos eu escrevi isso?"
Bom, nós temos estes lapsos de vez em quando. Pelo menos as pessoas normais... Naturalmente, se o tempo todo as pessoas colocassem em prática seu lado pensador, o mundo não seria como é hoje, com certeza estaríamos numa nova "Era de Ouro" como aquela da Grécia Antiga...

Como gosto da Grécia Antiga...

Bom, eu compus a um tempo atrás uma poesia concreta sobre o pensamento humano e vou deixar aqui no fim, chama-se Células Cerebrais:

Neurônios:
Morrem mais do que nascem.
Pense, pense, pense...
Morte cerebral.

quarta-feira, 4 de outubro de 2006

Sem propósito... ^_^

Folhas caem no outono,
Fadas cantam alegres,
Põem o bardo no sono
Enquanto dançam com suas vestes...

Esvoaçantes e pirilampas
Conquistam mais seres
Para entrar em suas danças
E esquecer dos afazeres.

Ao amanhecer todas voam
E o bardo acorda descansado,
Todos esquecem o que entoam
E volta, ao dia, o marasmo...

segunda-feira, 11 de setembro de 2006

Martini e Lágrimas

A mulher entrou no bar sob os olhares gulosos dos freqüentadores assíduos do local. Ela usava um vestido azul, um azul tão profundo que fazia qualquer pessoa, ao olhar para ele, se distanciar do presente e se perder na imensidão das idéias em azul.

Sentou-se em um canto do balcão. Os olhares não a incomodavam; ao contrário: era o efeito que desejara. Suas formas esguias, porém curvilíneas, que preenchiam seu melhor vestido não a deixavam na mão. Curvou-se sobre o bar, com um estalo de dedos a mulher chamou o barman e, com um sorriso camuflado em seus lábios fartos e um olhar cerrado de seus olhos azuis, tão azuis quanto seu vestido, pediu:

- Um Martini.

Sua voz aveludada e meio rouca fez o barman perder o equilíbrio. Sua perna ficou bamba e ele mal conseguia se manter em pé, nem se apoiando sobre o bar, pois sua força também havia sido drenada por aquela mulher através de seu feitiço. Ele tentou se lembrar das palavras que ela citara a ele , quando conseguiu ficou envergonhado e virou-se de costas e começou a procurar pela garrafa, mais como desculpa para não olhar o conteúdo daquele vestido, que continuava debruçado sobre o balcão.

Um blues tocava ao fundo. A música a fazia lembrar de seu passado, apesar de nunca tê-lo esquecido. As noites frias que passava junto ao seu cliente favorito, ao som daquelas mesmas notas. O belo rapaz era mais velho, mas isso não importava, desde que realmente se sentisse amada, e foi o que sentira por tanto tempo que a fez largar seu modo de vida. Ela não precisava mais fazer aquilo que fizera até então, desistiu de tudo e foi procurá-lo.

Neste momento a decepção era tudo o que sentiu: ela o encontrou junto a sua mulher e filha, de três anos. Nunca tomara conhecimento do fato de ele ser casado, mesmo depois de dois anos juntos...

Procurou por seu Martini. Como não o encontrou, procurou pelo barman: ele continuava procurando pela garrafa.

- Senhor?

O pobre barman quase caiu dessa vez. Só não foi ao chão porque se apoiou na prateleira de copos. Virou-se, hesitante, para ela que, mais uma vez, repetiu:

- Um Martini. Ali.

Com sua mão perfeita, delicada, com o já conhecido azul em suas unhas, ela apontou em direção à garrafa, que estava à frente do barman, que soltou um sorriso meio sem-graça e começou a prepará-lo, tremendo, intimidado pela presença da bela mulher. Ela sorriu, seu nervosismo a lembrou de como o rapaz ficou ao vê-la se aproximando para falar-lhe na presença da esposa.

Empalideceu. Começou a olhar a sua volta, encontrou seu carro e se apoiou nele, patético. Sua mulher, ao vê-lo assim, olhou em sua direção e entendeu,, ao menos em seu ponto de vista, o caso todo.

Parou a cinco metros da família, não disse nada. Esperou o rapaz se recompor. Sorriu. Um sorriso amigável em direção à pobre esposa que agora mordia os lábios e a olhava gelidamente. Durante cinco longos minutos ninguém falou nada, exceto pela menina, que levantou a mão e disse:

-Oi.

-Bela criança. Disse ela a mãe. Quantos anos?

-Três.

-Que beleza! Três anos e tão esperta!

-É.

O rapaz se recompôs. Juntou-se a esposa e sorriu em sua direção.

-Boa tarde, Sr. Marcos! Ela falou.

-Boa tarde. O que a traz aqui? Respondeu, com um sorriso que servia, de uma maneira muito precária, para disfarçar seu nervosismo extremo.

-Estava visitando um amigo e, como estava perto ia perguntar se o senhor iria precisar de meus serviços mais tarde ou se poderia tirar folga hoje. O senhor entende, não? Preciso relaxar um pouco e como sua agenda está com poucas entradas, minha presença não será necessária...

-Está bem, eu entendo. Tire a semana de folga, eu avisarei quando deverá voltar.

Mais uma vez, ela sorriu. Olhou a esposa: estava olhando o chão e engolindo seco, mas se manteve de pé, com a criança no colo, sem sequer dar um movimento em falso. Admirável.

-Obrigada! Respondeu, voltando seus belos olhos a ele. Até mais, então.

Virou-se e foi embora, com um pé a frente do outro como se estivesse em uma passarela, de fato, todos os olhares estava sobre ela devido a sua melhor arma: o movimento de seus quadris. Ainda mais quando em uma midi-saia vermelha que mal a deixava se mover em cima de sua sandália de salto que combinava com o conjunto. Tudo isso contrastando com aquela tarde nublada de outono.

O Martini havia chegado quando ela voltou de seus devaneios. Levou a taça a boca e sorveu um pequeno gole. Procurou pelo barman: estava atendendo a outro cliente, um costumeiro, já conhecido dele. Era moreno claro e aparentava ter já os seus quarenta e tantos anos e falava muito. O barman freneticamente balançava a cabeça como se estivesse negando algo, mas ela não sabia o quê.

Examinou o local: mesas se apertavam no meio do salão escuro e esfumaçado pelos cigarros e charutos dos freqüentadores. Em uma parede a jukebox era constantemente alimentada pelas moedas de bêbados e seus pedidos tanto tristes quanto familiares a ela. A cada música, um suspiro e uma lágrima. A última remeteu ela ao dia mais triste dentre os que lembrava.

Estava em sua casa, acabara de tomar banho quando ouve uma batida conhecida à porta. Correu ao chamado. Era ele, sorridente. Certamente sua visita surtiu o efeito que esperava. Beijou-o apaixonadamente, recebendo a mesma emoção em troca, por um longo tempo. O frio seco das primeiras noites de inverno invadiu a casa e ela sentiu um arrepio por debaixo de sua toalha; eles entraram e fecharam a porta.

Na manhã seguinte, ao acordar, avistou seu amado sentado do seu lado da cama, fitando-a como nunca fizera antes. Mas seu olhar era outro: havia um ar de tristeza ao seu redor que nem seu sorriso conseguiu expulsar. Algo estava errado.

-O que foi? Perguntou, hesitante.

Ele continuou a olhá-la. A tristeza se misturou à ternura, aproximou-se dela e passou a mão em seus longos cabelos negros. O que a incomodou: seu silêncio era atemorizante.

-Querido?

Ele sorriu. Agora estava claro. Seu sorriso tentava disfarçar o nervosismo. Realmente, não conseguiria se controlar nunca em uma situação de pressão. Respirou fundo e disse tremulamente as palavras que esperava ouvir desde o encontro com sua família.

-Acho que devemos acabar aqui.

Apesar de já esperar estas palavras, nunca imaginara que a sensação de ouvi-las seria tão violenta: por um momento tudo a sua volta escureceu, seu peito ficou apertado, um zumbido passou pelo ouvido por menos de um instante, gelou. Quando voltou a si, ainda zonza, perguntou:

-Por quê?

Já sabia a resposta:

-Conversei com minha esposa. Eu quero consertar as coisas com ela. Espero que entenda... Além disso, tenho uma filha...

A mesma história que ouvia de suas amigas. Ela esperava que não fosse igual, mas estava cega. O amor a cegar, agora percebeu tudo: não devia ter misturado as coisas, seu trabalho não a permitia sentir essa emoção. Era tarde demais. Olhou para todos os lados procurando por alguma ajuda para se levantar, como não encontrou, permaneceu deitada. Abriu a boca, queria lhe dizer o quanto ele significava para ela, que ela não conseguiria respirar mais, pois era seu ar que estava indo embora... Mas nenhuma palavra saiu.

-Desculpa.

Foi a última coisa que ela escutou dele, antes de sair pela porta do quarto, sem olhar para trás. Irônico, de todo o tempo que passaram juntos este ato foi o de maior coragem que viu da parte dele. Infelizmente, não achava que era ela quem fosse vê-lo de costas pela última vez, mas o oposto. Quando percebeu que ele tinha fechado a porta da frente e saído, finalmente, desabou em um choro tão digno de pena que hoje ela ainda fica triste ao relembrá-lo.

Levou o Martini a boca mais uma vez, porém tremulamente. Dois goles, dessa vez. Sua garganta havia se fechado. Baixou os olhos como se examinasse o balcão. Passou algum tempo assim. A tristeza não passava. Bebeu o resto. Chamou o barman novamente.

Ele atendeu ao chamado e foi descobrir o que ela queria. Já se acostumara com sua presença, apesar de sentir o peito apertado perto dela.

-Sim?

-Outro.

Desta vez, ela não levantou a cabeça, não sorriu, não olhou para ele. Algo estava errado. Preparou mais um Martini. Colocou-o sobre o balcão, tentando descobrir o que acontecera. Uma lágrima escorria pelo lado esquerdo de seu rosto. Engoliu seco.

-Aqui está. Por conta da casa.

quinta-feira, 31 de agosto de 2006

Uma Mensagem?

Existem dias que fazem a gente querer parar o tempo... Dias maravilhosos que, se não na realidade, pelo menos em nossa lembrança permanecerão vivos pelo resto da vida... Hoje foi um deles...


Não tenho palavras para descrever a alegria de ter reencontrrado uma pessoa tão importante em minha vida, uma alma caridosa e tão cheia de vida, mesmo em seus apuros mais temerosos, de tempos remotos...
Uma pessoa marcante no pequeno período de tempo que permanecemos na realidade desta nossa dimensão de existência, e que, talvez, faça valer sua presença em possíveis vidas futuras ou passadas... Alguém de coração aberto para nossas alegrias e tristezas, e que sabe confiar nas pessoas certas, também... ^_^
Palavras de esperança foram as que ouvi saírem dela, palavras boas, mornas, aconchegantes...


Por isso, agradeço por esse dia... Mais uma vez eu tenho a certeza de que Ele se utiliza dos instrumentos certos...



Ao nos separarmos, chorei... de saudades... agradeço por isso também... há meses que gostaria de chorar e não conseguia...

Com forças renovadas voltei para minha cidade...
Não foi como gostaria que fosse...
Ao ver o objeto de meus sonhos com outra pessoa me fez sentir uma dor tão forte quanto a que senti num dia terrível de verdades descobertas a alguns anos... gelei, parei de respirar, e um peso em meus ombros apareceu... desde então, meus olhos voltaram a ter aquele jeito cansado de alguns dias atrás...

Minha alegria se foi...

Mas, dessa vez, não consegui chorar...

Talvez eu saiba o que houve hoje. Talvez eu já soubesse que isso fosse acontecer. Talvez eu não quisesse aceitar isso...
A única verdade é que dói...


E, depois da dor.... a única coisa que consigo sentir ao final desse dia... é o vazio...



Espero que minha amiga esteja melhor...

domingo, 27 de agosto de 2006

Definição

Ok... devemos seguir adiante com as nossas decisões, talvez deva me contentar apenas em estar ao seu lado, mais nada além disso...
Não posso dizer que estou feliz.
Mas não é tristeza o que sinto também... é decepção... acho... Eu criei uma expectativa muito grande sobre ela, coisa que costumo fazer sempre que encontro alguém importante em minha vida...
Fato importante: a amizade continua! Isso é valioso! Só espero não descobrir se há prazo de garantia para essa...
Fato importante número 2: ainda a amo...
São coisas imutáveis... mas eu me conheço... dou uns 4 meses no máximo para eu superar... e procurar outros "nãos"... :(

quinta-feira, 24 de agosto de 2006

Ah a vida...

Porque a vida é tão cheia de surpresas? Porque quando a gente se encontra em uma situação na qual estamos terminando de nos adaptar esta se modifica de tal maneira a fazer com que nós nos ponhamos no chão, como se alguém tivesse puxado o tapete debaixo de nossos pés?
Isso aconteceu hoje...
Não queria ter razão, mas acho que eu não tenho mais chances de recuperar o tempo perdido, de me utilizar das chances que deixei passar... mas estou assustadoramente bem... por alguma razão, não consigo colocar a raiva e a angústia e toda a decepção que sinto pra fora do meu peito... mas eu me sinto bem...
Acho que há alguma razão para isso... só não sei qual. Espero descobrir, mas que não seja muito tarde, porque eu só poderei realmente dar o primeiro passo ao me levantar, depois que eu perceber o que aconteceu comigo: se ralei o joelho, torci o tornozelo, ou apenas fiquei com a canela roxa...

quarta-feira, 16 de agosto de 2006

Dois lados

A aula está mais curta, mas parece longa. Oh angústia! Minha dor aumenta, minha alma sofre, sem você o mundo é cinza. Sinto-me melhor quando me refugio em meus pensamentos, onde você está sempre presente, com seu sorriso, seus belos olhos castanhos, seu cabelo longo, pelo qual meus dedos deslizam felizes, encontrando repouso em seu ombro, pescoço, nuca...

Em meus sonhos eu te abraço. E sou retribuído. Nossos olhares se cruzam, tocam-se, beijam-se, sinto seu calor, mesmo sem nunca tê-lo experimentado no mundo real. Se pudesse ficaria “aqui” para sempre, mas não posso... Você não é real “aqui”...

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A aula está mais curta, mas parece longa. Oh angústia! Minha dor aumenta, minha alma sofre, sem você meu mundo é triste. Sinto-me melhor ao seu lado, ouvindo-a, vendo-a, saboreando cada minuto de sua presença, com sua voz angelical que faz despertar a todos com a Felicidade. Sim: “aqui” me sinto feliz.

Agrada-me vê-la sorrir, tento ao máximo agradar-lhe, porém sem exageros para não sufocá-la, transformamo-nos em bons amigos... uma pena... Eu não a tenho “aqui”...

Ah!!!

Há tempos não sentia essa sensação: um sentimento que nem todas as pessoas já presenciaram, aquele aperto no peito, seu coração se torna diminuto, seu corpo fica trêmulo, sua boca seca, tudo em um curto espaço de tempo: apenas no intervalo de um simples olhar, de um sorriso... e que sorriso!

A necessidade de controlar seu ímpeto de abraçá-la, beijá-la, acariciá-la, fá-lo sentir-se incomodado, choroso, às vezes. Fica dividido entre o egoísmo e o altruísmo: ora querendo-a presa para poder estar sempre junto dela, ora aceitando o fato, imaginando que talvez assim ela esteja mais feliz.

Será?

Surge a pergunta: aquela que todos que já experimentaram este belo e ingrato sentimento já se fizeram. “Será que ela está melhor sem mim?” “Será que ela não me quer por medo de se machucar depois? Ou de me machucar?”

Infelizmente, para muitos estas perguntas nem sempre encontram resposta. Aumentando o nervosismo, a ansiedade, o aperto. A História não nos dá o número de quantos já morreram desse mal. Talvez uma Humanidade inteira.

“Por quê?” Perguntamo-nos. “Por que nos sentimos assim?”

Podemos parar de nos fazer essa indagação e simplesmente aproveitar este sentimento. Quem já o fez sabe o que significa estar vivo. Além das sensações físicas, existem outras presentes: o céu tem mais estrelas à noite e é mais azul de dia, a chuva é sempre bem-vinda, o mato que cresce no jardim é mais verde, as pessoas são mais educadas... ela se torna mais bela... mais inteligente... mais viva...

Torna-se única!

É assim que essa pobre alma que aqui escreve se sente agora: coração apertado, ofegante, o peito é pequeno demais para conter sua necessidade de gritar, mas as pálpebras cansadas sobre seus olhos demonstram o peso que carrego, silencioso, para evitar magoá-la com meu egoísmo. Isso é altruísmo...

Ou medo.